Encontro de ditadores custa caro para os cofres públicos

Lula e a primeira-dama Rosângela Lula da Silva no desembarque em Pequim — Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
As recentes visitas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Rússia e à China, entre os dias 6 e 11 de maio, movimentaram uma numerosa comitiva oficial, composta por pelo menos 120 integrantes.
A lista inclui ministros, técnicos, assessores e autoridades de alto escalão, como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União), o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.
A Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) enviou 27 servidores, enquanto a Casa Civil deslocou outros 19. Embora os dados ainda sejam parciais, levantamento feito pela Folha de S.Paulo com base em portais da transparência e no Diário Oficial da União aponta que já foram pagos R$ 122 mil em diárias para apenas oito pessoas, segundo o sistema Siga Brasil.
Os gastos totais da viagem, no entanto, permanecem não divulgados, e parte da comitiva – como integrantes das áreas de segurança e saúde – segue mantida sob sigilo pelo Palácio do Planalto.
Aproximação com regimes autoritários marca roteiro internacional
Em Moscou, Lula participou das celebrações pelos 80 anos da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial – evento que acabou funcionando como vitrine política para Vladimir Putin em meio à prolongada guerra contra a Ucrânia.
Durante a visita, o presidente brasileiro reforçou o compromisso com a chamada “parceria estratégica” entre Brasil e Rússia, mesmo diante das sanções e do isolamento internacional enfrentado pelo governo russo.
Na etapa seguinte, em Pequim, Lula se reuniu com o líder chinês Xi Jinping, a quem se referiu como “companheiro” e com quem afirmou ter firmado uma relação bilateral “indestrutível”.
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