Governador da Bahia fala em levar eleitores de Bolsonaro “para a vala”

Publicado em 5 de maio de 2025 às 12:35

Jerônimo Rodrigues pediu desculpas após declaração sobre bolsonaristas, que gerou reação de Jair Bolsonaro

O governador Jerônimo Rodrigues e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Adriel Rodrigues/Reprodução

 

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), sugeriu durante discurso em João Dourado na sexta-feira (2), que o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus eleitores fossem levados “para a vala”.

A declaração ocorreu enquanto Rodrigues criticava a gestão de Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19 e sua relação com governadores de oposição.

“Tivemos um presidente que sorria daqueles que estavam na pandemia, sentindo falta de ar. Ele vai pagar essa conta dele e quem votou nele podia pagar também a conta! Fazia no pacote. Bota uma ‘enchedeira’. Sabe o que é uma ‘enchedeira’? Uma retroescavadeira, bota e leva tudo para a vala”, afirmou o governador.

Rodrigues também alertou eleitores a não apoiarem políticos que, segundo ele, traem o povo ao se alinharem a Bolsonaro.

“Não entregue seu voto a um deputado federal, deputado estadual ou um prefeito que tiver fazendo aqui, pega teu voto, vem aqui, conversa, e lá vota contra a gente. Quem votou no outro presidente, votou contra o povo brasileiro”, completou.

Nesta segunda-feira (5), ao ser questionado por jornalistas, Jerônimo pediu desculpas, alegando que sua fala foi “descontextualizada” e que o termo “vala” foi mal interpretado.

“Se o termo ‘vala’ foi pejorativo, o governador tem toda humildade para dizer: desculpem pelo termo, mas não houve a intenção nenhuma de desejar a morte de ninguém. Isso está longe da minha atitude. A palavra de um governador pesa, por isso reconheço a força da expressão”, declarou.

O ex-presidente Jair Bolsonaro reagiu nas redes sociais, condenando o discurso.

“Esse tipo de discurso, vindo de uma autoridade de Estado, não apenas normaliza o ódio como incentiva o pior: a violência política, o assassinato moral e até físico de quem pensa diferente. É a institucionalização da barbárie com o verniz de ‘liberdade de expressão progressista'”, escreveu.

O governador, aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem reforçado críticas ao bolsonarismo em seus discursos, especialmente em agendas no interior da Bahia.

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