Mais de 70% dos brasileiros consideram injusta pena de Débora Rodrigues, aponta pesquisa

Publicado em 28 de abril de 2025 às 18:55

Levantamento do Paraná Pesquisas mostra percepção pública sobre condenação por pichação e atos de 8 de janeiro

Débora Rodrigues dos Santos ao lado de seus filhos pequenos. Foto: Reprodução.

 

Uma pesquisa nacional divulgada nesta segunda-feira (28) pelo Paraná Pesquisas revelou que 70,8% dos brasileiros consideram injusta a pena de 14 anos de prisão imposta à cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos.

A condenação, confirmada hoje pelo Supremo Tribunal Federal (STF), está relacionada à pichação da frase “Perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, em Brasília, durante os eventos de 8 de janeiro.

Apenas 25,7% dos entrevistados classificaram a punição como justa, enquanto 3,6% não souberam ou preferiram não opinar.

Débora foi sentenciada por diversos crimes, incluindo a acusação de “tentativa de golpe de Estado” e “associação criminosa armada”.

A frase pichada, segundo a cabeleireira, foi uma reprodução irônica de uma declaração do ministro do STF, Luís Roberto Barroso, que, em Nova York, respondeu a manifestantes com “Perdeu, mané, não amola”.

Percepção sobre os atos de 8 de janeiro

O levantamento também investigou a visão dos brasileiros sobre os eventos de 8 de janeiro.

Para 35,9%, os atos foram “um protesto irresponsável contra o resultado das eleições”.

Outros 27,9% classificaram as ações como “vandalismo e quebra-quebra”, enquanto apenas 29,5% enxergaram uma tentativa de golpe de Estado.

A pesquisa apontou ainda que 32,8% dos entrevistados acreditam que os dois anos de prisão já cumpridos pelos envolvidos nos atos são suficientes como punição, defendendo a soltura dos condenados.

Por outro lado, 31,8% apoiam penas mais longas, de até 17 anos, enquanto 29,1% consideram que ninguém deveria estar preso, citando a ausência de prisões em invasões de prédios públicos no passado.

Realizada pelo Paraná Pesquisas, a sondagem entrevistou 2.020 eleitores em 26 estados e no Distrito Federal.

A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com um nível de confiança de 95%.

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