Ataques aéreos dos EUA visam bases rebeldes enquanto Trump acusa Teerã de financiar e controlar o grupo
Imagen: Getty Images/AFP/B. Smialowski
Em uma escalada retórica e militar, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (17) que o Irã será diretamente responsabilizado por quaisquer novos ataques promovidos pelos rebeldes Houthis no Iêmen.
Em uma publicação na rede Truth Social, Trump acusou Teerã de financiar, armar e controlar o grupo armado, prometendo consequências “terríveis” caso os ataques persistam.
A declaração vem após uma série de ações militares americanas contra os Houthis, iniciada no último sábado (15), que já deixaram dezenas de mortos e feridos em cidades como Sanaa e Saada.
“Cada tiro disparado pelos Houthis será visto, deste ponto em diante, como um tiro disparado das armas e da liderança do Irã”, escreveu Trump, rejeitando a narrativa iraniana de que os Houthis seriam meros terroristas fora de seu controle.
Segundo o presidente, Teerã fornece ao grupo não apenas recursos financeiros e armamentos sofisticados, mas também inteligência estratégica para coordenar suas ações. “Eles estão ditando cada movimento”, afirmou.
Terroristas houthis em Sanaa, capital do Iêmen © ANSA/EPA
Os Houthis, um grupo xiita apoiado pelo Irã, emergiram como uma força significativa no Iêmen após anos de guerra civil.
Nos últimos meses, intensificaram ataques contra navios no Mar Vermelho, uma das rotas comerciais mais importantes do mundo, em retaliação ao conflito em Gaza e como demonstração de poder regional.
Washington, por sua vez, tem buscado minar suas capacidades militares, mas a persistência dos ataques levou Trump a adotar uma abordagem mais agressiva.
Enquanto os bombardeios americanos continuam — com relatos de ao menos 31 mortos até agora —, analistas especulam que a nova estratégia de Trump pode prolongar-se por semanas.
O senador Marco Rubio defendeu a ofensiva, afirmando que os ataques aos Houthis são um “favor ao mundo” por protegerem o comércio internacional.
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